Foto: Vanildo Cardoso |
De Gaucha ZH
Chega ao fim à meia-noite deste sábado (17) o horário de
verão iniciado em outubro passado. Com a volta do horário normal, os relógios
devem ser atrasados em uma hora.
A próxima edição do horário de verão deve começar mais tarde
do que o habitual. Isso porque, no fim de 2017, o presidente Michel Temer
assinou um decreto que diminui a duração do horário especial, transferindo o
começo de outubro para novembro. A data de encerramento continuará no terceiro
domingo de fevereiro de cada ano.
Atualmente, adotam o horário de verão os Estados de São
Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Antes da decisão de encurtar a duração do horário de verão,
o governo cogitou pôr fim ao período. A possibilidade foi levantada depois que
um estudo do Ministério de Minas Energia apontou queda na efetividade da
medida, já que o perfil do consumo de eletricidade não estava mais ligado
diretamente ao horário, mas, sim, à temperatura.
O levantamento
apontou que a adoção da hora adiantada na época mais quente do ano não resulta
mais em economia porque não há relação direta com a redução de consumo e a
demanda. O governo passou a discutir o cancelamento do horário de verão neste
ano, mas a falta de tempo hábil para consultar a população sobre o assunto
adiou a decisão.
Os relatórios do governo apontam que a temperatura é o que
mais influencia os hábitos do consumidor, e não a incidência da luz durante o
dia. Segundo o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o pico de
demanda atualmente ocorre no início da tarde, entre 14h e 15h, quando a
temperatura está mais alta.
Em 2016, de acordo com dados do Ministério de Minas e
Energia, o horário de verão durou 126 dias e gerou uma economia de R$ 159,5
milhões ao sistema. Mas o custo é considerado irrelevante para o setor. O
secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, disse
que, para o governo, a aplicação da iniciativa se aproxima da neutralidade. Em
contrapartida, ele afirma que, para a sociedade, a impressão é de que a
alteração traz benefícios.