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Diretores da Acipa com o presidente nacional do Sebrae, Guilherme
Afif Domingos e o presidente da CACB, George Pinheiro |
Diretores da
Associação Comercial e Empresarial de Palotina (Acipa), participaram nos dias
17 e 18, no Rio de Janeiro, do 3º Fórum Nacional CACB Mil, da Confederação das
Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB). Com o tema “O Brasil
está em nossas mãos”, o evento resultou em um documento com sugestões para a economia.
Também integrou a pauta do Fórum o Seminário de Desenvolvimento Regional dos
Gestores do Sebrae. O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, palestrou
sobre “O poder dos pequenos negócios para o desenvolvimento do País”.
No
encerramento do evento, o presidente da CACB, George Pinheiro, leu o documento
final produzido durante o encontro, a chamada Carta do Rio. A síntese de
pensamento dos empresários será entregue ao presidente Michel Temer. A Carta
manifesta apoio à discussão da PEC do teto dos gastos. “A noção de que existe
meta fiscal e de que a inflação está sob controle gera menos pressão sobre o
Banco Central e o País, dessa forma, poderá voltar a dispor de uma taxa de
juros mais branda para pavimentar um novo círculo virtuoso para a economia”,
diz o documento.
Lido para uma
plateia composta por empreendedores de todo País, que somaram 1000 inscrições,
o documento diz que a responsabilidade fiscal não pode ser perdida e é uma
prioridade. Formaliza o apoio aos objetivos do governo e acrescenta a urgência
na promoção das reformas tributária, previdenciária, trabalhista e política.
Sugere também
a simplificação e modernização das leis trabalhistas para permitir o ingresso
vigoroso de empreendedores à formalidade e reduzir o Custo Brasil além de
combater a pirataria.
Representando
a Acipa, estiveram no Fórum os empresários Márcio Brondani, Marcelo Vendrame,
Neri Jorge Leonard, Vilmar José Fey e Guilherme Brandt.
Crédito:
Divulgação
CARTA
DO RIO
A
Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, que congrega
27 Federações, 2.300 Associações Comerciais e Empresariais e representa mais de
2 milhões de empresários, manifesta, em seu documento de encerramento do
Terceiro Fórum Nacional CACB Mil o que segue:
No momento em
que o Congresso Nacional discute a PEC do teto dos gastos públicos, este Fórum
faz questão de manifestar o seu apoio à iniciativa do governo, na expectativa
de que, por meio de um ajuste fiscal mais efetivo, seja possível retomar a
confiança dos investidores, para dar credibilidade à economia, com a ressalva
de que os recursos destinados à saúde e educação não sofram solução de
continuidade.
A noção de
que existe meta fiscal e de que a inflação está sob controle gera menos pressão
sobre o Banco Central. Dessa forma, o País poderá voltar a dispor de uma taxa
Selic mais branda e, com isso, iniciar um novo ciclo virtuoso para a nossa
economia.
A disciplina
de processar as demandas e responder o que é possível num determinado momento,
chama-se responsabilidade fiscal, que não pode ser perdida. Trata-se de uma
questão de prioridade, de capacidade de execução, de eficiência da máquina
pública em procurar fazer mais com menos e melhor. Trata-se da execução de uma
política fiscal responsável e do exercício do Banco Central em estabelecer as
metas da inflação.
Nesse
contexto, é preciso apoiar os objetivos do governo, aos quais impactam nas
seguintes reformas: política, tributária, trabalhista e previdenciária.
Através da
reforma política, deverá ser criado um alinhamento de valores que garantam a
real representação do desejo do povo brasileiro.
Diante do
fato de que a carga tributária no Brasil é impraticável, se faz necessária a
reforma no sistema tributário, no sentido de torná-lo menos complexo e no
intuito do desenvolvimento econômico da nação.
Com foco na
produtividade, a reforma trabalhista se apresenta imprescindível. Nos últimos
anos, o Brasil vem caindo nesses índices o que torna essencial a alteração no
chamado Custo Brasil. Acreditamos que com maior flexibilidade na legislação
haverá a possibilidade de aumentar a demanda por empregos.
Por fim, e
não menos importante, a necessária reforma previdenciária, estabelecendo a
aposentadoria dentro dos padrões mundiais a fim de amenizar o rombo da
previdência que, a cada dia que passa, é mais assustador.
Por todas
estas razões, propomos:
1 –
Estabelecer as reforma nos setores anteriormente pontuados.
2 – Resgatar
as concessões e as parcerias como ferramenta de estímulo ao investimento
privado.
3 – Lutar
incansavelmente pela ética para que, em todas as instâncias da vida nacional, a
transparência e uma nova atitude possam corresponder aos anseios dos movimentos
que estão clamando por um novo Brasil.
4 – Defender
os direitos do empreendedor, hoje o segmento responsável pela criação de mais
de 70% dos empregos diretos e pouco mais de um terço do PIB nacional.
“O Brasil
está em nossas mãos”!
Rio de
Janeiro, 18 de outubro de 2016.
George
Teixeira Pinheiro
Presidente