quarta-feira, 1 de junho de 2022

Suinocultura pede socorro para enfrentar crise sem precedentes

A conquista do certificado de área livre de febre aftosa sem vacinação pelo Paraná, que completou um ano, está sendo comemorada pelas lideranças do Estado e integrantes da cadeia produtiva da agropecuária. Para o médico veterinário, empresário e suinocultor Francisco Dalcastel, avanços significativos são resultantes da certificação, especialmente na ampliação dos mercados internacionais, tanto para a carne suína quanto bovina.  "Abriu-se uma grande porta para o Brasil em países com regimes sanitários mais exigentes, como na Europa", diz.

Essa comemoração, no entanto, está sendo contida pelo momento crítico enfrentado pela suinocultura. Dalcastel revela sua preocupação quanto aos custos de produção, que estão muito acima dos preços praticados pelo mercado, numa conta que não fecha e causa prejuízos inestimáveis para os produtores.  "Se nada ocorrer de mudanças ao longo dos próximos sessenta dias, as coisas ficarão muito mais complicadas, não só para os produtores paranaenses, como de outros estados também", comenta, salientando que os preços do milho e farelo, componentes da ração, estão muito altos, enquanto o preço da carne suína está com valores baixos.

Dalcastel teus os seus negócios em Toledo, maior produtor de suínos do Brasil, com 1,2 milhão de animais, de acordo com a o último levantamento da Pesquisa da Pecuária Municipal do IBGE.


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